Dinheiro Vivo, real. Callie Khouri. EUA, 2008. 35mm, DCP, cor, 104 min.
Sátira inconsequente porque desatenta às relações sociais das personagens. É problemático o modo como relações e diferenças de poder, de classe, e de raça são ignoradas num filme que tenta expor ao ridículo o materialismo obsessivo na sociedade capitalista americana — a comparação com Declaro-vos Marido... e Marido (I Now Pronounce You Chuck and Larry, 2007), inteligente obra satírica com outros alvos, é demolidora. As imensas potencialidades da ideia base — o roubo de dinheiro desvalorizado, supostamente posto fora de circulação e destruído — são desbaratas numa comédia com pouca convicção e perspicácia, da direcção às interpretações. [06.02.2010, orig. 04.2008]