Aurora, real. F. W. Murnau. EUA, 1927. 35mm, pb, 94 min.
Este foi o primeiro filme lançado pela Fox com uma partitura gravada. O facto é importante para se entender a relação sintética e deliberada entre os elementos formais do filme. Aurora tem um lado muito germânico, expressionista, que iria influenciar o cinema americano das décadas seguintes — nomeadamente, o chamado film noir. A vertente artificiosa pode ser vista nas cenas da cidade, que foram filmadas num gigantesco cenário construído. O estilo visual de Murnau adiciona profundidade à comunhão e descoberta destes dois seres humanos, um homem (George O'Brien) e uma mulher (Janet Gaynor). É uma calorosa e inflexível fábula moral, tecida de dicotomias, entre a traição e a redenção. [04.04.2010, orig. 12.2005]
