L’île éphémère, real. Kiyé Simon Luang. França/Laos, 2005. Beta SP, cor, 29 min.
Todos os anos se formam pequenas ilhas entre as águas do Mekong durante a estação seca de Inverno. Pessoas oriundas das duas margens, Tailândia e Laos, aproveitam a oportunidade e ocupam estes espaços efémeros. O propósito é estender a noção de efemeridade aos gestos e movimentos destes seres humanos que se divertem. A função das câmaras lentas empregues em alguns instantes é exactamente a de os prolongar e resgatar da sua natureza transitória. No fim, o ponto de vista longínquo da câmara é revelado, mostrando o lugar de onde as imagens foram filmadas. A utilização de uma grande tele-objectiva faz com os corpos e a paisagem percam o detalhe necessário para que a observação ganhe densidade e interesse. O filme é demasiado longo por não ter informação visual que sustente a sua meia hora de duração. A música electrónica repetitiva rouba atenção à imagem e também é uma escolha estranha, numa obra que se debruça sobre o irrepetível. [01.02.2010, orig. 04.2006]
