The Wild Blue Yonder, dir. Werner Herzog. France/Germany/UK, 2005. 35mm, colour and b/w, 80 min.
A science fiction fantasy that like other Werner Herzog’s films dilutes the frontier between documentary and fiction. Utilising archive material and statements from a lucid extraterrestrial (Brad Dourif), The Wild Blue Yonder narrates the human exploration trip of a far-away planet, home of the alien. At a given moment, Dourif condenses the history of mankind in some wars and showbiz names. It is a fun work that does not give in to the weight of seriousness. Later, Dr. Martin Lo looks with amazement to the camera after having discoursed on intricate mathematical theories about the cosmos and... sneezes. The film is able to balance a humorous tone with another more and more sublime, revealed through the use of Ernst Reijseger’s music. Near the end, the underwater landscapes are exalted as if they are territories of the unknown. The ending shows that this bizarre fantasy deals with a very present theme in Herzog’s filmography: the giant and ancient force of nature, and we before its gigantism and ancientness. In the closing credits, the filmmaker thanks NASA for its poetry. Here is an acknowledgment for Herzog’s. [25.06.2010, orig. 04.2006]
The Wild Blue Yonder, real. Werner Herzog. Alemanha/França/Reino Unido, 2005. 35mm, cor e pb, 80 min.
Uma fantasia de ficção científica que como outros filmes de Werner Herzog dilui a fronteira entre documentário e ficção. Utilizando material de arquivo e depoimentos de um lúcido extraterrestre (Brad Dourif), The Wild Blue Yonder narra a viagem de exploração humana de um planeta longínquo, casa do alienígena. A dado momento, Dourif condensa a história da humanidade nalgumas guerras e nomes do espectáctulo. É uma obra divertida que não cede ao peso da seriedade. Mais à frente, o Dr. Martin Lo olha com espanto para a cãmara depois de ter discorrido sobre intrincadas teorias matemáticas sobre o cosmos e... espirra. O filme consegue equilibrar um tom cómico com outro cada vez mais sublime, revelado através do uso da música de Ernst Reijseger. Perto do fim, as paisagens subaquáticas são exaltadas como sendo territórios do desconhecido. O final demonstra bem que esta bizarra fantasia lida com um tema muito presente na filmografia de Herzog: a força gigante e antiga da natureza, e nós perante o seu gigantismo e antiguidade. Nos créditos finais, o cineasta agradece à NASA pela sua poesia. Aqui fica um reconhecimento pela de Herzog. [25.06.2010, orig. 04.2006]
